Sala: Kyoto 2
Objetivo:
Apresentar os resultados da 1ª fase da pesquisa junto a domicílios da região atendida pelo prolongamento da Linha 5 até a estação Chácara Klabin da Linha 2. Esses resultados retratam, entre outros, a situação da população pobre da área pesquisada antes da entrega do novo trecho: perfil demográfico e socioeconômico, condições de inserção da população no mercado de trabalho, acesso a equipamentos e redes de serviços públicos, infraestruturas urbanas presentes nos bairros, condições de acesso ao transporte público, hábitos de viagem, avaliação dos serviços de transporte ofertados, constrangimentos causados por irregularidades e valor da tarifa do transporte público, expectativas de uso do novo trecho da linha 5 e seus impactos na condição de vida da família e da população local.
Será também apresentado um novo indicador desenvolvido pela Fundação Seade – indicador de acesso ao sistema de transportes públicos – combinando duas variáveis: as distâncias euclidianas entre o centroide do setor censitário e cada um dos quatro tipos de transportes e a renda média dos setores censitários amostrados.
Relevância:
A relevância deste estudo consiste no conhecimento em profundidade das condições de vida e de mobilidade da população da região e na reflexão que ele propicia aos planejadores de transporte quanto ao significado da inserção do metrô em áreas periféricas.
Descrição:
O Metrô e a Fundação Seade vêm realizando uma pesquisa financiada pelo BIRD com o objetivo de avaliar os impactos da Linha 5 na população de baixa renda e checar, após a conclusão do novo trecho de linha, se a implantação trouxe efetivamente benefícios à população atingida, principalmente com relação ao grau de equidade social na apropriação dos benefícios do investimento realizado.
A avaliação dos efeitos da Linha 5 nas áreas de influência da linha é especialmente importante por atender uma região periférica historicamente segregada da RMSP, com alto índice de populações moradoras em aglomerados subnormais e de violência urbana, condição associada a baixa oferta de transportes públicos.
O aumento da oferta de transporte coletivo é uma das políticas públicas mais potentes para amenizar a segregação socioespacial em que vive esta população.
Para esta avaliação, foi desenhado um modelo de pesquisa que prevê duas fases de levantamento domiciliar em campo: pré e pós-operação comercial do trecho, incluindo uma pesquisa qualitativa e uma quantitativa em cada fase. Além disso, na fase pós, será realizado estudo com dados secundários sobre os impactos do prolongamento da Linha 5 na dinâmica urbana das áreas de influência, um ano após a implantação do novo trecho de linha.
Declaramos que o presente trabalho é inédito, não tendo sido publicado em livro, revistas especializadas ou na imprensa em geral.
Angela Bebber
Arquiteta pela FAU/USP, analista de desenvolvimento e gestão da Coordenadoria de Planejamento e Estudos de Impactos Urbanos do Metrô, na Gerência de Planejamento e Meio Ambiente.
Marise Rauen Vianna
Psicóloga, com pós-graduação latu sensu em Psicologia Social pela PUC/SP, responsável pela Pesquisa de Impactos Sociais e Urbanos do Metrô, na Coordenadoria de Planejamento e Estudos de Impactos Urbanos do Metrô, na Gerência de Planejamento e Meio Ambiente.
Cynthia L. Torrano de Almeida
Engenheira Civil pela FAAP/SP, analista de desenvolvimento e gestão da Coordenadoria de Planejamento e Estudos de Impactos Urbanos do Metrô, na Gerência de Planejamento e Meio Ambiente.
Daisy Arradi Letaif
Arquiteta pela FAU-USP, com MBA em Gestão de Planos e Projetos Urbanos, no Mackenzie. Analista de desenvolvimento e gestão da Coordenadoria de Planejamento e Estudos de Impactos Urbanos do Metrô, na Gerência de Planejamento e Meio Ambiente.
Mario José Gil Telesi
Matemático pelo IME/USP, com Especialização em Estatística e em Matemática Pura. Analista de desenvolvimento e gestão da Coordenadoria de Simulação e Análise de Demanda do Metrô, na Gerência de Planejamento e Meio Ambiente.
Maria Paula Ferreira
Estatística com doutorado em ciências pela Faculdade de Medicina da USP, gerente da área de indicadores sociais da Fundação Seade, responsável pelos projetos de avaliação e monitoramento realizados pela instituição.